quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Jornalismo e ética, o desafio.

As vezes me pergunto como consigo viver sem acompanhar de perto as notícias e informações que circulam a cada minuto em qualquer dos meios de circulação da mídia moderna. E nessas horas, começo uma mania de ser politizado, e acesso todos os portais da notícia e acompanho os telejornais diários. Uma semana depois eu lembro o motivo da minha aversão.
Para início de conversa, gostaria de esclarescer aqui para todos os estudantes e pessoas que trabalham com notícia, jornalismo e mídia, que não estou em hipótese alguma generalizando. Mas vocês hão de convir com alguns fatos que listarei aqui:

- Lembram do triste evento ocorrido com a menina Isabella Nardoni? Até outros dias atrás um dos grandes portais de notícia da internet noticiava que os pais da menina concordaram em fazer teste de DNA
- Lembram do acidente em Angra dos Reis? Agora querem entrevistar o DJ sei-lá-das-quantas que estava fazendo não-sei-o-que
- O mesmo com a ida daquele menino para os EUA e tantos outros

O que pretendo mostrar aqui é algo muito triste e que me aborrece um bocado a cada vez que paro para pensar. Não se iludam, meninos e meninas, a imprensa não está aí para noticiar os principais fatos do momento para que os cidadãos se mantenham informados. A imprensa e a mídia querem uma notícia quente, para que possam espremer e espremer até que não renda mais um centavo em seus bolsos, e daí eles pegam outros e outros. E da mesma forma, ainda que as empresas de comunicação aleguem bastante ética em seus serviços, são todas iguais: só querem dinheiro, esquecendo totalmente da ética e do lado humano se preciso for.
Será mesmo que emissoras de rádio e televisão acusam escândalos políticos porque querem um país mais justo para seus compatriotas? Não, meus caros, é apenas mais uma notícia quente que pode gerar semanas de IBOPE.
Este fato é muito decepcionante, pois a mídia e a imprensa deveriam se concientizar do papel que assumem perante toda a sociedade, papel este de construir e corrigir tantas coisas que fazem parte do nosso cotidiano, mas que nós, simples cidadãos sem nome, não temos voz para mudar sozinho. E é por isso que até onde for possível, me manterei sabendo apenas o necessário para viver na sociedade brasileira.

É por essas e outras que só compro o jornal de empregos e as revistas em quadrinhos.

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